Exercícios sobre pronomes

Esta lista de exercícios sobre pronomes vai testar seus conhecimentos sobre essa classe de palavras. Veja o que você sabe sobre a classificação dos pronomes.

Publicado por: Warley Souza

Questões

  1. Questão 1

    (Enem)

    Duas minhocas dialogando sobre a posição certa dos pronomes em uma tirinha.

    VERISSIMO, L. F. As cobras em: Se Deus existe que eu seja atingido por um raio. Porto Alegre: L&PM, 1997.

    O humor da tira decorre da reação de uma das cobras com relação ao uso de pronome pessoal reto, em vez de pronome oblíquo. De acordo com a norma-padrão da língua, esse uso é inadequado, pois

    A) contraria o uso previsto para o registro oral da língua.

    B) contraria a marcação das funções sintáticas de sujeito e objeto.

    C) gera inadequação na concordância com o verbo.

    D) gera ambiguidade na leitura do texto.

    E) apresenta dupla marcação de sujeito.

  2. Questão 2

    (Enem)

    Mafalda e sua amiga dialogando em uma tirinha, em exercícios sobre pronomes.

    QUINO. Mafalda inédita. São Paulo: Martins Fontes, 1993.

    Observando as falas das personagens, analise o emprego do pronome SE e o sentido que adquire no contexto. No contexto da narrativa, é correto afirmar que o pronome SE,

    A) em I, indica reflexividade e equivale a “a si mesmas”.

    B) em II, indica reciprocidade e equivale a “a si mesma”.

    C) em III, indica reciprocidade e equivale a “umas às outras”.

    D) em I e III, indica reciprocidade e equivale a “umas às outras”.

    E) em II e III, indica reflexividade e equivale a “a si mesma” e “a si mesmas”, respectivamente.

  3. Questão 3

    (Enem)

    Seu nome define seu destino. Será?

    “O nome próprio da pessoa marca a sua identidade e a sua experiência social e, por isso, é um dado essencial na sua vida”, diz Francisco Martins, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília e autor do livro Nome próprio (Editora UnB). “Mas não dá para dizer que ele conduz a um destino específico. É você quem constrói a sua identidade. Existe um processo de elaboração, em que você toma posse do nome que lhe foi dado. Então, ele pesa, mas não é decisivo”. De acordo com Martins, essa apropriação do nome se dá em várias fases: na infância, quando se desenvolve a identidade sexual; na adolescência, quando a pessoa começa a assinar o nome; no casamento, quando ela adiciona (ou não) o sobrenome do marido ao seu. “O importante é a pessoa tomar posse do nome, e não ficar brigando com ele”.

    CHAMARY, J. V.; GIL, M. A. Knowledge, jul. 2010.

    Pronomes funcionam nos textos como elementos de coesão referencial, auxiliando a manutenção do tema abordado. No trecho da reportagem, o vocábulo “nome” é retomado pelo pronome destacado em

    A) “Seu nome define seu destino”.

    B) “É você quem constrói a sua identidade”.

    C) “Existe um processo de elaboração, em que você toma posse do nome [...]”.

    D) “[...] você toma posse do nome que lhe foi dado”.

    E) “[...] não ficar brigando com ele”.

  4. Questão 4

    (Enem)

    Quando Rubem Braga não tinha assunto, ele abria a janela e encontrava um. Quando não encontrava, dava no mesmo, ele abria a janela, olhava o mundo e comunicava que não havia assunto. Fazia isso com tanto engenho e arte que também dava no mesmo: a crônica estava feita. Não tenho nem o engenho nem a arte de Rubem, mas tenho a varanda aberta sobre a Lagoa ― posso não ver melhor, mas vejo mais. [...] Nelson Rodrigues não tinha problemas. Quando não havia assunto, ele inventava. Uma tarde, estacionei ilegalmente o Sinca-Chambord na calçada do jornal. Ele estava com o papel na máquina e provisoriamente sem assunto. Inventou que eu descia de um reluzente Rolls Royce com uma loura suspeita, mas equivalente à suntuosidade do carro. Um guarda nos deteve, eu tentei subornar a autoridade com dinheiro, o guarda não aceitou o dinheiro, preferiu a loura. Eu fiquei sem a multa e sem a mulher. Nelson não ficou sem assunto.

    CONY, C. H. Folha de S. Paulo. 2 jan. 1998 (adaptado).

    O autor lançou mão de recursos linguísticos que o auxiliaram na retomada de informações dadas sem repetir textualmente uma referência. Esses recursos pertencem ao uso da língua e ganham sentido nas práticas de linguagem. É o que acontece com os usos do pronome “ele” destacados no texto. Com essa estratégia, o autor conseguiu

    A) confundir o leitor, que fica sem saber quando o texto se refere a um ou a outro cronista.

    B) comparar Rubem Braga com Nelson Rodrigues, dando preferência ao primeiro.

    C) referir-se a Rubem Braga e a Nelson Rodrigues usando igual recurso de articulação textual.

    D) sugerir que os dois autores escrevem crônicas sobre assuntos semelhantes.

    E) produzir um texto obscuro, cujas ambiguidades impedem a compreensão do leitor.

  5. Questão 5

    Marque V (verdadeiro) ou F (falso) para as seguintes afirmações:

    ( ) O termo “nós” é pronome pessoal do caso oblíquo.

    ( ) O termo “nosso” é um pronome possessivo.

    ( ) O termo “aquele” é um pronome de tratamento.

    A sequência correta é:

    A) V, V, V.

    B) F, F, V.

    C) V, V, F.

    D) F, V, F.

    E) V, F, V.

  6. Questão 6

    Analise as seguintes afirmações:

    I. Os pronomes “eu”, “tu”, “ela” exercem função sintática de sujeito da oração.

    II. O pronome “lhe” é um pronome pessoal oblíquo e exerce função de objeto direto em uma oração.

    III. O pronome “mim” é um pronome pessoal oblíquo átono e exerce a função de complemento verbal.

    Está correto o que se afirma em:

    A) I apenas.

    B) II apenas.

    C) III apenas.

    D) I e II apenas.

    E) II e III apenas.

  7. Questão 7

    Preencha as lacunas do texto com os pronomes relativos adequados:

    Os livros ______ estavam aqui foram enviados à biblioteca pela Deise, ______ encontrou os livros jogados em um canto da sala, ______ havia também alguns cadernos, ______ donos não puderam ser identificados.

    A sequência correta de preenchimento das lacunas é:

    A) quem, que, onde, cujas.

    B) que, quem, onde, cujos.

    C) que, o qual, a qual, que.

    D) quem, a qual, cuja, onde.

    E) os quais, que, onde, os quais.

  8. Questão 8

    Alvorada voraz

    Na virada do século
    Alvorada voraz
    Nos aguardam exércitos
    Que nos guardam da paz
    Que paz?

    A face do mal
    Um grito de horror
    Um fato normal
    Um êxtase de dor

    E medo de tudo
    Medo do nada
    Medo da vida
    Assim engatilhada

    Fardas
    E força
    Forjam
    As armações

    Farsas e jogos
    Armas de fogo
    Um corte exposto
    Em seu rosto, amor

    E eu nesse mundo assim
    Vendo esse filme passar
    Assistindo ao fim
    Vendo o meu tempo passar

    [...]

    MEDEIROS, Paulo Ricardo Oliveira Nery de; PAGNI, Paulo Antonio Figueiredo; PEREIRA, Luiz Antonio Schiavon. Alvorada voraz. In: RPM. Rádio Pirata ao Vivo. São Paulo: Epic, 1986.

    A letra de música apresenta pronome demonstrativo na estrofe:

    A) 1

    B) 2.

    C) 3.

    D) 5.

    E) 6.

  9. Questão 9

    Qual dos pronomes abaixo é indefinido?

    A) Onde

    B) Quanto

    C) Ela

    D) Alguém

    E) Isto

  10. Questão 10

    Leia a seguinte estrofe do poema O navio negreiro, de Castro Alves:

    Donde vem? onde vai? Das naus errantes

    Quem sabe o rumo se é tão grande o espaço?

    Neste saara os corcéis o pó levantam,

    Galopam, voam, mas não deixam traço.

    CASTRO ALVES. Os escravos. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/jp000009.pdf.

    Nos versos do famoso poeta romântico, sobressaem os pronomes:

    A) possessivo e relativo.

    B) relativo e indefinido.

    C) de tratamento e pessoal.

    D) interrogativo e demonstrativo.

    E) indefinido e de tratamento.

  11. Questão 11

    — O nosso Palha já me tinha falado em Vossa Excelência, disse o major depois de apresentado ao Rubião. Juro que é seu amigo às direitas. Contou-me o acaso que os ligou. Geralmente, as melhores amizades são essas. Eu, em trinta e tantos, pouco antes da Maioridade, tive um amigo, o melhor dos meus amigos daquele tempo, que conheci assim por um acaso, na botica do Bernardes, por alcunha o João das pantorrilhas... Creio que usou delas, em rapaz, entre 1801 e 1812. O certo é que a alcunha ficou. A botica era na Rua de São José, ao desembocar na da Misericórdia... João das pantorrilhas... Sabe que era um modo de engrossar a perna... Bernardes era o nome dele, João Alves Bernardes... Tinha a botica na Rua de São José. Conversava-se ali muito, à tarde, e à noite. Ia a gente com o seu capote, e bengalão; alguns levavam lanterna. Eu não; levava só o meu capote...

    Ia-se de capote; o Bernardes, — João Alves Bernardes era o nome todo dele — era filho de Maricá, mas criou-se aqui no Rio de Janeiro... João das pantorrilhas era a alcunha; diziam que ele andara de pantorrilhas, em rapaz, e parece que foi um dos petimetres da cidade. Nunca me esqueci: João das pantorrilhas... Ia-se de capote...

    MACHADO DE ASSIS. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.

    O parágrafo do romance Quincas Borba, do escritor realista Machado de Assis, apresenta um pronome de tratamento no seguinte trecho em destaque:

    A) “O nosso Palha já me tinha falado em Vossa Excelência, disse o major depois de apresentado ao Rubião. Juro que é seu amigo às direitas. Contou-me o acaso que os ligou. Geralmente, as melhores amizades são essas.”

    B) “Eu, em trinta e tantos, pouco antes da Maioridade, tive um amigo, o melhor dos meus amigos daquele tempo, que conheci assim por um acaso, na botica do Bernardes, por alcunha o João das pantorrilhas...”

    C) “O certo é que a alcunha ficou. A botica era na Rua de São José, ao desembocar na da Misericórdia... João das pantorrilhas... Sabe que era um modo de engrossar a perna... Bernardes era o nome dele, João Alves Bernardes... Tinha a botica na Rua de São José.”

    D) “Eu não; levava só o meu capote... Ia-se de capote; o Bernardes, — João Alves Bernardes era o nome todo dele — era filho de Maricá, mas criou-se aqui no Rio de Janeiro... João das pantorrilhas era a alcunha; diziam que ele andara de pantorrilhas, em rapaz, e parece que foi um dos petimetres da cidade.”

  12. Questão 12

    Marque V (verdadeiro) ou F (falso) para as seguintes afirmações:

    ( ) O pronome “ela” é um pronome pessoal e pode atuar como pronome substantivo.

    ( ) O pronome “minha” é um pronome possessivo e pode atuar como pronome adjetivo.

    ( ) O pronome “esta” é um pronome demonstrativo e pode atuar como pronome adjetivo.

    A sequência correta é:

    A) V, V, V.

    B) F, F, V.

    C) V, V, F.

    D) F, V, F.

    E) V, F, V.