Exercícios sobre Liberalismo e Socialismo

Nestes exercícios sobre Liberalismo e Socialismo, você poderá testar os seus conhecimentos a respeito do contraste entre essas duas ideologias.

Publicado por: Cláudio Fernandes

Questões

  1. Questão 1

    (ENEM, 2000) O texto abaixo, de John Locke (1632-1704), revela algumas características de uma determinada corrente de pensamento:

    Se o homem no estado de natureza é tão livre, conforme dissemos, se é senhor absoluto da sua própria pessoa e posses, igual ao maior e a ninguém sujeito, por que abrirá ele mão dessa liberdade, por que abandonará o seu império e sujeitar-se-á ao domínio e controle de qualquer outro poder? Ao que é óbvio responder que, embora no estado de natureza tenha tal direito, a utilização do mesmo é muito incerta e está constantemente exposto à invasão de terceiros porque, sendo todos senhores tanto quanto ele, todo o homem igual a ele e, na maior parte, pouco observadores da equidade e da justiça, o proveito da propriedade que possui nesse estado é muito inseguro e muito arriscado. Estas circunstâncias obrigam-no a abandonar uma condição que, embora livre, está cheia de temores e perigos constantes; e não é sem razão que procura de boa vontade juntar-se em sociedade com outros que estão já unidos, ou pretendem unir-se para a mútua conservação da vida, da liberdade e dos bens a que chamo de propriedade. (Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1991.)

    Do ponto de vista político, podemos considerar o texto como uma tentativa de justificar:

    a) A existência do governo como um poder oriundo da natureza.

    b) A origem do governo como uma propriedade do rei.

    c) O absolutismo monárquico como uma imposição da natureza humana.

    d) A origem do governo como uma proteção à vida, aos bens e aos direitos.

    e) O poder dos governantes, colocando a liberdade individual acima da propriedade.

  2. Questão 2

    Leia o texto a seguir:

    Todos os sistemas socialistas, inclusive aquele de Karl Marx e seus apoiadores ortodoxos, partem da suposição de que, em uma sociedade socialista, um conflito entre os interesses do indivíduo e do coletivo jamais poderá surgir. Todos irão agir com total interesse em dar o seu melhor, pois ele participa da produção de toda a atividade econômica. A óbvia objeção de que o indivíduo está muito pouco preocupado em determinar se ele próprio é diligente e entusiástico, e que é da maior importância para ele que todos os outros o sejam, é algo completamente ignorado por eles. Quando muito, é insuficientemente abordado. Eles acreditam que podem construir uma economia socialista tendo por base apenas o Imperativo Categórico. O quão suave é a intenção deles em proceder desta maneira foi bem explicitado por Kautsky quando ele diz, “Se o socialismo é uma necessidade social, então é a natureza humana, e não o socialismo, quem deve se reajustar às necessidades caso os dois venham a colidir.” Isso nada mais é do que uma absoluta quimera. (Von MISES, Ludwig. O Cálculo econômico sob o socialismo. São Paulo: Instituto Ludwig Von Mises Brasil, 2012. p. 43.)

    Sobre a crítica de L. Von Mises ao socialismo, pode-se afirmar:

    a) parte de uma concordância com Marx, mas acaba criticando os discípulos deste.

    b) ancora-se no argumento de que um dos erros do socialismo é ignorar o confronto latente entre indivíduo e coletividade.

    c) enumera argumentos que não dizem respeito à economia.

    d) defende o coletivismo em detrimento do indivíduo.

    e) não tem nenhum vínculo com o liberalismo clássico dos séculos XVIII e XIX.

  3. Questão 3

    Na perspectiva socialista, a luta de classes é o motor da história. Segundo essa perspectiva, na sociedade moderna, a classe que se beneficia com o sistema capitalista e serve-se da ideologia liberal é:

    a) os camponeses.

    b) a aristocracia.

    c) o proletariado.

    d) a burguesia.

    e) os artesãos.

  4. Questão 4

    Um dos argumentos liberais contra o socialismo defende que esse sistema sempre acabou demonstrando ineficiência econômica e totalitarismo político. Esse argumento tem implícita a defesa do valor central do liberalismo, que é:

    a) a propriedade socializada (soviet).

    b) a liberdade individual.

    c) a justiça social.

    d) a expropriação da propriedade privada

    e) o desarmamento da população civil.