Exercícios sobre o tempo cronológico e o tempo histórico

Com estes exercícios sobre o tempo cronológico e o tempo histórico, você pode avaliar seus conhecimentos sobre a categoria “tempo” para os estudos feitos pela História.

Publicado por: Cláudio Fernandes

Questões

  1. Questão 1

    Leia o texto e, a seguir, assinale a alternativa correta:

    O homem não passa de um caniço, o mais fraco da natureza, mas é um caniço pensante. Não é preciso que o universo inteiro se arme para esmagá-lo. Um vapor, uma gota d' água, é o bastante para matá-lo. Mas, quando o universo o esmagasse, o homem seria ainda mais nobre do que o que o mata, porque sabe que morre; e a vantagem que o universo tem sobre ele, o universo a ignora. (PASCAL, Blaise. Pensamentos, XI).

    O texto do matemático e filósofo Pascal diz que o homem é nobre porque sabe que morre. “Saber que se morre”, do ponto de vista da temporalidade humana, do tempo propriamente histórico, quer dizer:

    a) ser meramente animal, como todos os outros.

    b) não ser consciente da morte, como é o universo.

    c) ser inteligente é ser imortal.

    d) ter consciência da própria finitude.

    e) não conseguir dominar o universo.

  2. Questão 2

    Muitos estudiosos de textos míticos e religiosos, como o romeno Mircea Eliade, assinalam que há uma diferença crucial entre o modo como a tradição clássica, greco-romana, e a tradição judaico-cristã veem o tempo humano. Essa diferença consiste no fato de que, na cultura clássica e na cultura judaico-cristã, prevalecerem, respectivamente, as concepções:

    a) do tempo reencarnado e do eterno retorno.

    b) do desenvolvimento linear e da eternidade cíclica.

    c) do eterno retorno e do tempo cíclico.

    d) do desenvolvimento linear e do eterno retorno.

    e) do eterno retorno e do desenvolvimento linear.

  3. Questão 3

    Quando Napoleão Bonaparte estava no Egito, no fim da década de 1790, durante as guerras revolucionárias, ele disse aos seus soldados, apontando com o braço às Pirâmides do Vale de Gizé: “Vejam, homens, 40 séculos vos observam”. Considerando que há um antigo provérbio egípcio que diz “Os homens temem o tempo, mas o tempo teme as pirâmides”, é correto dizer que:

    a) a frase de Napoleão faz referência à engenhosidade dos engenheiros egípcios.

    b) a frase de Napoleão faz referência não à resistência da materialidade física das Pirâmides, mas às várias gerações humanas que elas representam.

    c) a frase de Napoleão ressalta o medo que os franceses tinham do Vale de Gizé.

    d) a frase de Napoleão faz referência ao observatório astronômico da Pirâmide de Quéops.

    e) a frase de Napoleão não tem sentido histórico algum.

  4. Questão 4

    Leia o texto e, a seguir, assinale a alternativa correta:

    No século XIX não é mais o poder despótico dos reis que tem que ser derrubado, é essa nova instância onipotente, a força da necessidade histórica, que se levanta para determinar o curso dos acontecimentos. Contrariando a ideia humanista da Iluminação que postulava o poder glorioso da razão humana, o que anuncia a filosofia de Hegel é um novo Absoluto: do Bon Plaisir do rei ao Ukase inelutável da lei histórica – um processo imanente e irrevogável que os novos profetas procuraram interpretar e predizer como autênticos sacerdotes do mistério divino. (PENNA, José Oswaldo de Meira. O Espírito das Revoluções: da Revolução Gloriosa à Revolução Liberal. Campinas, SP: Vide Editorial, 2016. p. 161).

    Levando-se em consideração os principais acontecimentos que caracterizam o século XIX, é possível dizer que Meira Penna em “derrubar a força da necessidade histórica” faz referência:

    a) à concepção de tempo dos reis absolutistas, que pregavam a demolição dos privilégios aristocráticos e clericais.

    b) à concepção de tempo clássica, que vigorava nas antigas civilizações grega e romana e que teve seu retorno no século XIX.

    c) à concepção de tempo revolucionário, nascida com a Revolução Francesa e que se disseminou no século XIX.

    d) à concepção de tempo na Idade Média, na qual os sacerdotes esperavam pelo Juízo Final, pelo fim dos tempos e pela reintegração do Homem com a Eternidade.

    e) à concepção de tempo cíclico, herdada da cultura indiana pelos intelectuais europeus do século XIX.