Exercícios sobre linguagem literária e não literária

Esta lista de exercícios sobre linguagem literária e não literária explora as diferentes características de cada tipo de linguagem e as diferenças entre elas.

Publicado por: Talliandre Matos

Questões

  1. Questão 1

    (Uerj)

    SOBRE A ORIGEM DA POESIA

    A origem da poesia se confunde com a origem da própria linguagem.

    Talvez fizesse mais sentido perguntar quando a linguagem verbal deixou de ser poesia. Ou: qual a origem do discurso não poético, já que, restituindo laços mais íntimos entre os signos e as coisas por eles designadas, a poesia aponta para um uso muito primário da linguagem, que parece anterior ao perfil de sua ocorrência nas conversas, nos jornais, nas aulas, conferências, discussões, discursos, ensaios ou telefonemas [...]

    No seu estado de língua, no dicionário, as palavras intermedeiam nossa relação com as coisas, impedindo nosso contato direto com elas. A linguagem poética inverte essa relação, pois, vindo a se tornar, ela em si, coisa, oferece uma via de acesso sensível mais direto entre nós e o mundo [...]

    Já perdemos a inocência de uma linguagem plena assim. As palavras se desapegaram das coisas, assim como os olhos se desapegaram dos ouvidos, ou como a criação se dasapegou da vida. Mas temos esses pequenos oásis – os poemas – contaminando o deserto de referencialidade.

    ARNALDO ANTUNES

    No último parágrafo, o autor se refere à plenitude da linguagem poética, fazendo, em seguida, uma descrição que corresponde à linguagem não poética, ou seja, à linguagem referencial.

    Pela descrição apresentada, a linguagem referencial teria, em sua origem, o seguinte traço fundamental:

    a) O desgaste da intuição

    b) A dissolução da memória

    c) A fragmentação da experiência

    d) O enfraquecimento da percepção

  2. Questão 2

    (Enem)

    Na verdade, o que se chama genericamente de índios é um grupo de mais de trezentos povos que, juntos, falam mais de 180 línguas diferentes. Cada um desses povos possui diferentes histórias, lendas, tradições, conceitos e olhares sobre a vida, sobre a liberdade, sobre o tempo e sobre a natureza. Em comum, tais comunidades apresentam a profunda comunhão com o ambiente em que vivem, o respeito em relação aos indivíduos mais velhos, a preocupação com as futuras gerações, e o senso de que a felicidade individual depende do êxito do grupo. Para eles, o sucesso é resultado de uma construção coletiva. Estas ideias, partilhadas pelos povos indígenas, são indispensáveis para construir qualquer noção moderna de civilização. Os verdadeiros representantes do atraso no nosso país não são os índios, mas aqueles que se pautam por visões preconceituosas e ultrapassadas de “progresso”.

    AZZI, R. As razões de ser guarani-kaiowá. Disponível em: www.outraspalavras.net. Acesso em: 7 dez. 2012.

    Considerando-se as informações abordadas no texto, ao iniciá-lo com a expressão “Na verdade”, o autor tem como objetivo principal

    a) expor as características comuns entre os povos indígenas no Brasil e suas ideias modernas e civilizadas.

    b) trazer uma abordagem inédita sobre os povos indígenas no Brasil e, assim, ser reconhecido como especialista no assunto.

    c) mostrar os povos indígenas vivendo em comunhão com a natureza e, por isso, sugerir que se deve respeitar o meio ambiente e esses povos.

    d) usar a conhecida oposição entre moderno e antigo como uma forma de respeitar a maneira ultrapassada como vivem os povos indígenas em diferentes regiões do Brasil.

    e) apresentar informações pouco divulgadas a respeito dos indígenas no Brasil, para defender o caráter desses povos como civilizações, em contraposição a visões preconcebidas.

  3. Questão 3

    TEXTO I

    Leia os fragmentos abaixo para responder à questão:

    O açúcar

    O branco açúcar que adoçará meu café

    nesta manhã de Ipanema

    não foi produzido por mim

    nem surgiu dentro do açucareiro por milagre.

    Vejo-o puro

    e afável ao paladar

    como beijo de moça, água

    na pele, flor

    que se dissolve na boca. Mas este açúcar

    não foi feito por mim.

    Este açúcar veio

    da mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira, dono da mercearia.

    Este açúcar veio

    de uma usina de açúcar em Pernambuco

    ou no Estado do Rio

    e tampouco o fez o dono da usina.

    Este açúcar era cana

    e veio dos canaviais extensos

    que não nascem por acaso

    no regaço do vale.

    Em lugares distantes, onde não há hospital

    nem escola,

    homens que não sabem ler e morrem de fome

    aos 27 anos

    plantaram e colheram a cana

    que viraria açúcar.

    Em usinas escuras,

    homens de vida amarga

    e dura

    produziram este açúcar

    branco e puro

    com que adoço meu café esta manhã em Ipanema.

    Fonte: “O açúcar” (Ferreira Gullar. Toda poesia. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1980, pp.227-228)

    TEXTO II

    A cana-de-açúcar

    Originária da Ásia, a cana-de-açúcar foi introduzida no Brasil pelos colonizadores portugueses no século XVI. A região que durante séculos foi a grande produtora de cana-de-açúcar no Brasil é a Zona da Mata nordestina, onde os férteis solos de massapé, além da menor distância em relação ao mercado europeu, propiciaram condições favoráveis a esse cultivo. Atualmente, o maior produtor nacional de cana-de-açúcar é São Paulo, seguido de Pernambuco, Alagoas, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Além de produzir o açúcar, que em parte é exportado e em parte abastece o mercado interno, a cana serve também para a produção de álcool, importante nos dias atuais como fonte de energia e de bebidas. A imensa expansão dos canaviais no Brasil, especialmente em São Paulo, está ligada ao uso do álcool como combustível.

    Com relação aos textos I e II, assinale a opção incorreta:

    a) No texto I, em lugar de apenas informar sobre o real, ou de produzi-lo, a expressão literária é utilizada principalmente como um meio de refletir e recriar a realidade.

    b) No texto II, de expressão não literária, o autor informa o leitor sobre a origem da cana-de-açúcar, os lugares onde é produzida, como teve início seu cultivo no Brasil, etc.

    c) O texto I parte de uma palavra do domínio comum — açúcar — e vai ampliando seu potencial significativo, explorando recursos formais para estabelecer um paralelo entre o açúcar — branco, doce, puro — e a vida do trabalhador que o produz — dura, amarga, triste.

    d) No texto I, a expressão literária desconstrói hábitos de linguagem, baseando sua recriação no aproveitamento de novas formas de dizer.

    e) O texto II não é literário porque, diferentemente do literário, parte de um aspecto da realidade, e não da imaginação.

  4. Questão 4

    (Enem) Senhor Juiz

    O instrumento do “crime” que se arrola
    Nesse processo de contravenção
    Não é faca, revólver ou pistola,
    Simplesmente, doutor, é um violão.

    Será crime, afinal, será pecado,
    Será delito de tão vis horrores,
    Perambular na rua um desgraçado
    Derramando nas praças suas dores?

    Mande, pois, libertá-lo da agonia
    (a consciência assim nos insinua)
    Não sufoque o cantar que vem da rua,
    Que vem da noite para saudar o dia.

    É o apelo que aqui lhe dirigimos,
    Na certeza do seu acolhimento
    Juntada desta aos autos nós pedimos
    E pedimos, enfim, deferimento.

    Disponível em: www.migalhas.com.br. Acesso em: 23 set. 2020 (adaptado).

    Essa petição de habeas corpus, ao transgredir o rigor da linguagem jurídica,

    A. permite que a narrativa seja objetiva e repleta de sentidos denotativos.

    B. mostra que o cordel explora termos próprios da esfera do direito.

    C. demonstra que o jogo de linguagem proposto atenua a gravidade do delito.

    D. exemplifica como o texto em forma de cordel compromete a solicitação pretendida.

    E. esclarece que os termos “crime” e “processo de contravenção” são sinônimos.

  5. Questão 5

    (Enem) Leia o que disse João Cabral de Melo Neto, poeta pernambucano, sobre a função de seus textos:

    “Falo somente com o que falo: a linguagem enxuta, contato denso; falo somente do que falo: a vida seca, áspera e clara do sertão; falo somente por quem falo: o homem sertanejo sobrevivendo na adversidade e na míngua. Falo somente para quem falo: para os que precisam ser alertados para a situação da miséria no Nordeste.”

    Para João Cabral de Melo Neto, no texto literário,

    A) a linguagem do texto deve refletir o tema, e a fala do autor deve denunciar o fato social para determinados leitores.

    B) a linguagem do texto não deve ter relação com o tema, e o autor deve ser imparcial para que seu texto seja lido.

    C) o escritor deve saber separar a linguagem do tema e a perspectiva pessoal da perspectiva do leitor.

    D) a linguagem pode ser separada do tema, e o escritor deve ser o delator do fato social para todos os leitores.

    E) a linguagem está além do tema, e o fato social deve ser a proposta do escritor para convencer o leitor.

     

  6. Questão 6

    (Enem)

    Se os tubarões fossem homens

    Se os tubarões fossem homens, eles seriam mais gentis com os peixes pequenos?

    Certamente, se os tubarões fossem homens, fariam construir resistentes gaiolas no mar para os peixes pequenos, com todo o tipo de alimento, tanto animal como vegetal. Cuidariam para que as gaiolas tivessem sempre água fresca e adotariam todas as providências sanitárias.

    Naturalmente haveria também escolas nas gaiolas. Nas aulas, os peixinhos aprenderiam como nadar para a goela dos tubarões. Eles aprenderiam, por exemplo, a usar a geografia para localizar os grandes tubarões deitados preguiçosamente por aí. A aula principal seria, naturalmente, a formação moral dos peixinhos. A eles seria ensinado que o ato mais grandioso e mais sublime é o sacrifício alegre de um peixinho e que todos deveriam acreditar nos tubarões, sobretudo quando estes dissessem que cuidavam de sua felicidade futura. Os peixinhos saberiam que este futuro só estaria garantido se aprendessem a obediência.

    Cada peixinho que na guerra matasse alguns peixinhos inimigos seria condecorado com uma pequena Ordem das Algas e receberia o título de herói.

    BRECHT, B. Histórias do Sr. Keuner. São Paulo: Editora 34, 2006 (adaptado).

    Como produção humana, a literatura veicula valores que nem sempre estão representados diretamente no texto, mas são transfigurados pela linguagem literária e podem até entrar em contradição com as convenções sociais e revelar o quanto a sociedade perverteu os valores humanos que ela própria criou. É o que ocorre na narrativa do dramaturgo alemão Bertolt Brecht mostrada. Por meio da hipótese apresentada, o autor

    A) demonstra o quanto a literatura pode ser alienadora ao retratar, de modo positivo, as relações de opressão existentes na sociedade.

    B) revela a ação predatória do homem no mar, questionando a utilização dos recursos naturais pelo homem ocidental.

    C) defende que a força colonizadora e civilizatória do homem ocidental valorizou a organização das sociedades africanas e asiáticas, elevando-as ao modo de organização cultural e social da sociedade moderna.

    D) questiona o modo de organização das sociedades ocidentais capitalistas, que se desenvolveram fundamentadas nas relações de opressão em que os mais fortes exploram os mais fracos.

    E) evidencia a dinâmica social do trabalho coletivo em que os mais fortes colaboram com os mais fracos, de modo a guiá-los na realização de tarefas.

  7. Questão 7

    (Cetro) Em sala de aula, uma professora pergunta aos seus alunos do 1º ano do Ensino Médio: o que caracteriza a linguagem literária e o que caracteriza a linguagem não literária? A professora fez esse questionamento com o intuito de introduzir a aula, revisar o que já aprenderam e avançar em relação aos conhecimentos.

    Diante do exposto, assinale a alternativa que apresenta a única resposta incorreta dada pelos alunos.

    A) A linguagem literária é polivalente e subjetiva e a não literária é unívoca e objetiva.

    B) A linguagem literária é parcial e conotativa e a não literária visa à imparcialidade e as palavras são usadas com valor denotativo.

    C) Na linguagem literária, os elementos humanos são personagens e os textos são escritos em prosa ou em verso. Já na linguagem não literária também há personagens e os textos estão sempre em prosa.

    D) Na linguagem literária, há a ficção, e, na não literária, o autor pretende representar a realidade em seus registros.

    E) Todo texto literário tem função poética, pois há, por parte do autor, preocupação artística na elaboração do texto, o que não ocorre no texto não literário.

  8. Questão 8

    (Funcern) Em relação a distinções entre um texto não literário e o texto literário,

    A) o texto literário trata de problemáticas referentes, exclusivamente, ao universo ficcional.

    B) o texto literário, assim como o texto não literário, tem função utilitária (informar, convencer, ordenar).

    C) o plano da expressão é relevante por não apenas veicular o conteúdo, mas também reelaborá-lo em sua organização.

    D) o pressuposto e o subentendido são construções linguísticas que se manifestam exclusivamente no texto não literário.

  9. Questão 9

    (Enem)

    TEXTO I

    Capítulo 4, versículo 3

    Minha palavra vale um tiro, eu tenho muita munição

    Na queda ou na ascensão, minha atitude vai além

    E tem disposição pro mal e pro bem

    Talvez eu seja um sádico ou um anjo, um mágico

    Ou juiz, ou réu, o bandido do céu

    Malandro ou otário, quase sanguinário

    Franco atirador se for necessário

    Revolucionário, insano, ou marginal

    Antigo e moderno, imortal

    Fronteira do céu com o inferno

    Astral imprevisível, como um ataque cardíaco do verso.

    RACIONAIS MCs. Sobrevivendo ao inferno. São Paulo: Cosa Nostra, 1997 (fragmento).

    TEXTO II

    Pode-se dizer que as várias experiências narradas nos discos do Racionais tratam no fundo de um só tema: a violência que estrutura a nossa sociedade. O grupo canta a violência que estrutura as relações entre os familiares, os amigos, o homem e a mulher, o traficante e o viciado. Canta a violência do crime. A violência causada por inveja ou por vaidade. Também canta que a relação entre as classes sociais é sempre violenta: o racismo, a miséria, os baixos salários, a concentração de renda, a esmola, a publicidade, o alcoolismo, o jornalismo, o poder policial, a justiça, o sistema penitenciário, o governo existem por meio da violência.

    GARCIA, W. Ouvindo Racionais MCs. Teresa: revista de literatura brasileira, n. 5, 2004 (adaptado).

    Na letra da canção, a tematização da violência mencionada no Texto II manifesta-se

    A. como metáfora da desigualdade, que associa a ideia de justiça a valores históricos negativos.

    B. na referência a termos bélicos, que sinaliza uma crítica social à opressão da população das periferias.

    C. como procedimento metalinguístico, que concebe a palavra como uma forma de combate e insubordinação.

    D. nas definições ambíguas do enunciador, que inverte e relativiza as representações da maldade e da bondade.

    E. na menção à imortalidade, que sugere a possibilidade de resistência para além da dicotomia entre vida e morte.

  10. Questão 10

    (Enem) PALAVRA – As gramáticas classificam as palavras em substantivo, adjetivo, verbo, advérbio, conjunção, pronome, numeral, artigo e preposição. Os poetas classificam as palavras pela alma porque gostam de brincar com elas, e para brincar com elas é preciso ter intimidade primeiro. É a alma da palavra que define, explica, ofende ou elogia, se coloca entre o significante e o significado para dizer o que quer, dar sentimento às coisas, fazer sentido. A palavra nuvem chove. A palavra triste chora. A palavra sono dorme. A palavra tempo passa. A palavra fogo queima. A palavra faca corta. A palavra carro corre. A palavra “palavra” diz. O que quer. E nunca desdiz depois. As palavras têm corpo e alma, mas são diferentes das pessoas em vários pontos. As palavras dizem o que querem, está dito, e pronto.

    FALCÃO, A. Pequeno dicionário de palavras ao vento. São Paulo: Salamandra, 2013 (adaptado).

    Esse texto, que simula um verbete para a palavra “palavra’’, constitui-se como um poema porque

    A. tematiza o fazer poético, como em “Os poetas classificam as palavras pela alma”.

    B. utiliza o recurso expressivo da metáfora, como em “As palavras têm corpo e alma”.

    C. valoriza a gramática da língua, como em “substantivo, adjetivo, verbo, advérbio, conjunção”.

    D. estabelece comparações, como em “As palavras têm corpo e alma, mas são diferentes das pessoas”.

    E. apresenta informações pertinentes acerca do conceito de “palavra”, como em “As gramáticas classificam as palavras”.

  11. Questão 11

    (Enem)

    TEXTO I

    É pau, é pedra, é o fim do caminho

    É um resto de toco, é um pouco sozinho

    É um caco de vidro, é a vida, é o sol

    É a noite, é a morte, é o laço, é o anzol

    É peroba-do-campo, é o nó da madeira

    Caingá, candeia, é o matita-pereira

    TOM JOBIM. Águas de março. O Tom de Jobim e o tal de João Bosco (disco de bolso). Salvador: Zen Produtora, 1972 (fragmento).

    TEXTO II

    A inspiração súbita e certeira do compositor serve ainda de exemplo do lema antigo: nada vem do nada. Para ninguém, nem mesmo para Tom Jobim. Duas fontes são razoavelmente conhecidas. A primeira é o poema O caçador de esmeraldas, do mestre parnasiano Olavo Bilac: “Foi em março, ao findar da chuva, quase à entrada/ do outono, quando a terra em sede requeimada/ bebera longamente as águas da estação [...]”. E a outra é um ponto de macumba, gravado com sucesso por J. B. Carvalho, do Conjunto Tupi: “É pau, é pedra, é seixo miúdo, roda a baiana por cima de tudo”. Combinar Olavo Bilac e macumba já seria bom; mas o que se vê em Águas de março vai muito além: tudo se transforma numa outra coisa e numa outra música, que recompõem o mundo para nós.

    NESTROVSKI, A. O samba mais bonito do mundo. In: Três canções de Tom Jobim. São Paulo: Cosac Naify, 2004.

    Ao situar a composição no panorama cultural brasileiro, o Texto II destaca o(a)

    A. diálogo que a letra da canção estabelece com diferentes tradições da cultura nacional.

    B. singularidade com que o compositor converte referências eruditas em populares.

    C. caráter inovador com que o compositor concebe o processo de criação artística.

    D. relativização que a letra da canção promove na concepção tradicional de originalidade.

    E. resgate que a letra da canção promove de obras pouco conhecidas pelo público no país.

  12. Questão 12

    (Enem)

    É água que não acaba mais

    Dados preliminares divulgados por pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) apontaram o Aquífero Alter do Chão como o maior depósito de água potável do planeta. Com volume estimado em 86 000 quilômetros cúbicos de água doce, a reserva subterrânea está localizada sob os estados do Amazonas, Pará e Amapá. Essa quantidade de água será suficiente para abastecer a população mundial durante 500 anos, diz Milton Matta, geólogo da UFPA. Em termos comparativos, Alter do Chão tem quase o dobro do volume de água do Aquífero Guarani (com 45 000 quilômetros cúbicos). Até então, Guarani era a maior reserva subterrânea do mundo, distribuída por Brasa, Argentina, Paraguai e Uruguai.

    Época. Nº623. 26 abr. 2010.

    Essa notícia, publicada em uma revista de grande circulação, apresenta resultados de uma pesquisa científica realizada por uma universidade brasileira. Nessa situação específica de comunicação, a função referencial da linguagem predomina, porque o autor do texto prioriza

    a) as suas opiniões, baseadas em fatos.  

    b) os aspectos objetivos e precisos.  

    c) os elementos de persuasão do leitor.  

    d) os elementos estéticos na construção do texto.  

    e) os aspectos subjetivos da mencionada pesquisa.