Exercícios sobre Intertextualidade

Teste os seus conhecimentos: Faça exercícios sobre Intertextualidade e veja a resolução comentada.

Publicado por: Vânia Maria do Nascimento Duarte

Questões

  1. Questão 1

    Explicite seus conhecimentos acerca das relações intertextuais presentes em um discurso.

  2. Questão 2

    Discorra sobre os diferentes tipos de intertextos.

  3. Questão 3

    Texto I

    “Mulher, Irmã, escuta-me: não ames,
    Quando a teus pés um homem terno e curvo
    jurar amor; chorar pranto de sangue,
    Não creias, não, mulher: ele te engana!
    as lágrimas são gotas de mentira
    E o juramento manto da perfídia”.

                                                         Joaquim Manoel de Macedo
        
    Texto II

    “Teresa, se algum sujeito bancar o
    sentimental em cima de você
    E te jurar uma paixão do tamanho de um
    bonde
    Se ele chorar
    Se ele ajoelhar
    Se ele se rasgar todo
    Não acredite não Teresa
    É lágrima de cinema
    É tapeação
    Mentira
    CAI FORA

                                                            Manuel Bandeira

    (Enem) Os autores, ao fazerem alusão às imagens da lágrima, sugerem que: 

    a) Há um tratamento idealizado da relação homem/mulher.
    b) Há um tratamento realista da relação homem/mulher.
    c) A relação familiar é idealizada.
    d) A mulher é superior ao homem.
    e) A mulher é igual ao homem.

  4. Questão 4

    Diante dos excertos poéticos em evidência abaixo, analise-os, tendo em vista as relações intertextuais entre estes e o texto-matriz, sob a célebre autoria de Gonçalves Dias.

    Canção do Exílio

    Minha terra tem palmeiras,
    Onde canta o Sabiá;
    As aves que aqui gorjeiam,
    Não gorjeiam como lá.
    Nosso céu tem mais estrelas,
    Nossas várzeas têm mais flores,
    Nossos bosques têm mais vida,
    Nossa vida mais amores.
    Em cismar, sozinho, à noite,
    Mais prazer encontro eu lá;
    Minha terra tem palmeiras,
    Onde canta o Sabiá.
    [...]
                                      Gonçalves Dias

    Canção do Exílio facilitada

    lá?
    ah!
    sabiá...
    papá...
    maná...
    sofá...
    sinhá...
    cá?
    bah!
                José Paulo Paes

    Canto de regresso à pátria

    Minha terra tem palmares
    Onde gorjeia o mar
    Os passarinhos daqui
    Não cantam como os de lá
    Minha terra tem mais rosas
    E quase que mais amores
    Minha terra tem mais ouro
    Minha terra tem mais terra
    Ouro terra amor e rosas
    Eu quero tudo de lá
    Não permita Deus que eu morra
    Sem que volte para lá
    Não permita Deus que eu morra
    Sem que volte pra São Paulo
    Sem que veja a Rua 15
    E o progresso de São Paulo

                                        Oswald de Andrade

    Canção do Exílio

    Minha terra tem macieiras da Califórnia
    Onde cantam gaturamos de Veneza
    Os poetas da minha terra
    São pretos que vivem em torres de ametista,
    Os sargentos do exército são monistas, cubistas,
    Os filósofos são polacos vendendo a prestações.
    A gente não pode dormir
    Com os oradores e os pernilongos
    Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda.
     Eu morro sufocado em terra estrangeira.
    Nossas flores são mais bonitas
    Nossas frutas são mais gostosas
     Mas custam cem mil réis a dúzia.
    Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade
    E ouvir um sabiá com certidão de idade !

                                                                   Murilo Mendes